Estou doente...
Sempre fui, não evidente.
Uma doença da aura pra dentro,
algo da própria alma nefasta.
Seria por algum acaso louco?
Mas a consciência dos monólogos
são tão reais, tão sãos, tão soltos...
sinto-me um anti-humano,
minhas vontades inversas,
e quando minha alma imersa
mais superficial mostro-me ser.
Onde ligo o ser que há em mim?
De tanto pensar, sou menos humano
não sinto com os sentidos, um cheiro, um toque...
sinto com a razão, penso, não há em mim
qualquer sensação de carícia nos nervos,
voa tudo em impulsos elétricos à fora.
Meu cérebro é um curto circuito [salvo o dia e a hora.]
Existiria um remédio para essa
consciência que me fora dada?
Uma garrafa de Whisky, por favor!
[...]